Presépio

Contrariamente aos outros anos, neste resolvi adiantar-me e fazer a árvore de Natal antes de Dezembro. A ela juntou-se o presépio de pano que comprei para a pequena há uns anos, pelo que me pediu que recreássemos com as respectivas figuras a história do presépio. Lá fizemos a fuga de Maria e José em cima do burro, o nascimento de Jesus e já o menino estava deitado na sua caminha quando lhe peço para colocar a vaca e o burro ao pé dele para o aquecerem. E assim fez.

(Pois, devia ter especificado...)

Coisas que ela diz...#17

Mãe, ontem estiveram cá os arranjadores da água, não foi?

Ditadura musical auto - resultados

Antes de mais, confesso que abri uma excepção à ditadura musical auto... É verdade, não consegui resistir à banda sonora do Frozen, principalmente porque passou a ser um momento mãe-filha em que cantamos o álbum de uma ponta à outra em dueto.
Mas - e agora sim - quando voltamos à ditadura, apanho-a já a trautear esta...

E esta...

Há vezes ainda em que também me pede para pôr a "música dos vampiros"...

Ditadura musical auto a dar resultados!

Coisas que ela diz...#16

A temperação da água já está boa.

Temos Anthímia

O dia era chuvoso, como praticamente quase todos os dias deste mês. O trânsito, para variar, estava caótico e no meio do pára-arranca falava ao telefone com os avós L. e J., que tinham ido buscar a princesinha ao jardim de infância. Queixas para aqui, deste trânsito pavoroso, queixas para ali desta chuva horrorosa e deste tempo que não melhora, quando se ouve uma vozinha bem lá no fundo do outro lado da linha...

- Na sexta-feira já vai melhorar!!

Perdemos um Anthímio, mas parece que ganhámos uma "Anthímia"...

Coisas que ela diz...#15

Até me falta o respiro!

Quando quero ver aquele amor meu...

Paradas nos semáforos já perto de casa, do lado da janela da pirralha encontravam-se alguns animais do circo que iria dar espectáculo aqui na terra naquele fim-de-semana. Chamei-lhe a atenção para o camelo, que de todos era o mais "exótico".
- Mamã, quando a Trudy morrer podemos ter um camelo?
- Mas nós não temos espaço em casa para um camelo...
- Então podemos ter um burro? [outro animal circense que se encontrava no recinto]
- Um burro??? Mas para que queres um burro??
- Então, se tivéssemos um burro já não ficavas cansada das mãos [sem perceber a associação, olhei para ela, que fazia os gestos de quem segurava um volante]. Assim, não precisávamos de andar de carro e podíamos conhecer melhor o país!
'Bora lá, miúda!

Coisas que ela diz...#14

Assim, sem mais nem menos, a meio da janta...
- Mãe, tu não és maravilhosa...tu és magnífica!!~
(Acho que nesse dia devia ter sido eu a usar babete...)

Coisas que ela diz...#13

Tia, anda ver a javardice do meu quarto!

A(n)judante

Mais uma daquelas questões existenciais que assolam a pequena no trajecto escola-casa...
- Mãe, porque é que o bisa e a bisa morreram?
- Então, os bisas já eram muito velhinhos e já estavam muito doentes, por isso os anjinhos vieram buscá-los.
- Pois eu não quero ser velhinha quando os anjos vierem.
- Não?? Porquê?
- Porque quando vierem quero ser a ajudante deles.
E pronto, carreira traçada...depois de dentista, a minha filha quer ser uma "reaper"....

Ditadura musical auto

Desde sempre foi ponto assente: no meu carro existe uma ditadura quanto à música que lá toca. Não entram pandas, nem carochinhas, nem sónias araújos com a mania que cantam nem bicharadas do género. No meu carro toca a minha música. Ponto final. Posto isto, quatro anos depois, já começam os discos pedidos...
- Mãe, põe lá aquela música do róquénerról! Vá, põe muito alto! Fó róquénerróóóóól, fó róquénerróóól, fó róquénerróóóól…YEAH!

As coisas que ela pergunta…#3

Já na cama, depois dos "beijinhos de boa noite" e prestes a adormecer…
- Mãe, achas que é assim tão fácil dormir?
E poderia discorrer uma hora sobre insónias, como combatê-las, a célebre técnica de contar carneirinhos felpudos que, um a um, pulam alegremente uma cerca…
- Sim, meu amor, basta fechares os olhos.

As coisas que ela pergunta...#2

(E o tema repete-se...)
Começou com um simples "Mamã, quando é que ficas gorda?" até ao mítico "Por onde saem os bebés? Pela barriga ou pelo pipi?" e, pelo meio, um elogio "Quando for assim velhinha como tu, vou ter um bebé! Mas quero que venha em pé, para sair pela barriga." Estas manhãs estão cada vez mais interessantes...

Coisas que ela diz...#12

(...quando alguém a abraça)
Não me apertes muito que fico nervosa!!

Ahhh coisa mái linda da mãe! (ou como ela sabe tão bem dar-me graxa)

- Vou transformar-te em princesa da Disney! Pufff!
- Mas vais transformar a mãe em princesa porquê? Não estou bem assim?
- Sim, estás, mas eu gosto das princesas Disney…
- E de mim, não?
- Claro que sim! - e os dois bracinhos à volta do meu pescoço, com o ar mais ternurento/graxista do mundo.
- Então e do que gostas mais em mim? - e pronto, preparo-me para uma daquelas tiradas, como quem se prepara para levar uma traulitada…
- Do teu amor! - e novamente envolve-me no abraço mais ternurento/graxista de sempre, atingida que fui de uma só vez por umas trinta setas do cupido maternal.
(Escusado será dizer que pelo meio estava em jogo ir directa para a cama ou brincar uns minutos após o banho.)

As coisas que ela pergunta…#1

Não sei se pelo recente falecimento da bisavó se pelo aproximar do dia dos namorados ou se pelas duas coisas juntas, logo pela manhã, na viagem para a escola, a princesa resolveu iniciar a conversa matinal perguntando-me quando ia para o céu. Como isso é coisa que não está escrita, tentei minimizar a coisa e respondi que só quando fosse muito velhinha como o bisavô ou a bisavó é que os anjinhos a vinham buscar, mas que não se preocupasse com isso que ainda faltava muito tempo. "Então vou crescer e ficar como tu?", respondi afirmativamente e começou a traçar, muito decidida, o seu futuro…"Vou casar, mas primeiro tenho de arranjar um namorado e depois vou ter um bebé! Vou ficar com a barriga muito gorda e depois nasce o bebé!". Perguntei-lhe se preferia um menino ou uma menina, disse muito prontamente que gostava de ter uma menina, "mas se for um rapaz também não faz mal". Acrescentei o lugar-comum de quando se fala nestas coisas da preferência do género de que interessava é que viesse com saúde, que é algo que naturalmente todos os pais desejam para os seus filhos, independentemente de terem uma pilinha ou um pipi. "E se não vier?"…disparou logo do banco de trás…e a resposta que lhe dei foi a mesma que tinha para mim mesma quando, enquanto grávida, me deparei com esse receio. "Se não vier com saúde, cuidamos dele o melhor que pudermos e amamo-lo da mesma forma".